quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Os apóstolos eram testemunhas de Cristo, sobretudo de sua ressurreição, e foram confiados a pregar o testemunho deles em todo o mundo (Atos 1:8; veja versículo 1-5, 21-26). Nós que esperamos ganhar pessoas para Cristo hoje devemos enfrentar o mundo com o testemunho dos apóstolos sobre Cristo e sobre sua ressurreição. Esse é o meio pelo qual as pessoas devem ser levadas à fé (veja João 17:20; 20:30-31). Os apóstolos receberam a ordem, em segundo lugar, de pregar “o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). O evangelho é o caminho da salvação (veja Romanos 1:16). Assim, se seguimos as orientações de Jesus, estaremos u usando o testemunho dos apóstolo para produzir fé e v explicando às pessoas o evangelho como plano de salvação.
A terceira e última ordem de Jesus é registrada em Mateus 28:16-20 e não deve de forma alguma ser negligenciada, se quisermos cumprir a vontade do Senhor Jesus. Uma vez que as ordens de Jesus tinham em mente u o meio da fé e v o caminho da salvação, elas também abrangiam w o estilo de vida daqueles que haveriam de crer e ser salvos. O registro de Mateus a respeito da comissão concentra-se nesse terceiro aspecto.
O que o Senhor do céu e da terra queria que seus representantes e porta-vozes eleitos realizassem no mundo? Ouça; “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”. A versão revista e corrigida traz “ensinando todas as nações”, mas o verbo grego não é o mesmo usado mais adiante na oração (gramatical) “ensinando-os a guardar todas as coisas”, etc. Embora não haja registro no dicionário, sendo tão usado em nossos dias o verbo “discipular”, poderíamos traduzir por “discipulando todas as nações”. A versão revista e atualizada (2ª ed.), além de outras, aproxima-se a quanto possível do original, com a tradução “fazei discípulos de todas as nações”.
Você deseja realizar a vontade do Senhor em seu trabalho? Deseja entender o cristianismo? Ouça então ao cabeça da igreja e aprenda.
Jesus não incumbiu os seus apóstolos para ensinarem uma lista de preceitos corretos. Ele não os enviou para fundarem uma grande instituição. Sua vontade expressa era que os apóstolo levassem as pessoas a certo relacionamento pessoal com ele. Esse relacionamento é salientado na palavra “discípulo”. Ele queria que as pessoas fossem discípulos dele.
Bem, temos de ensinar às pessoas os fatos sobre o batismo. Aliás, pretendo sustentar num outro artigo que o batismo faz parte do processo pelo qual os discípulos são formados, e que não é possivel tornar-se discípulos sem ele. Mas o discípulo é mais do que isso. Muitas pessoas têm aprendido os fatos sobre o batismo e até foram batizadas sem mesmo se tornarem discípulos de Jesus.
Além disso, o discipulado tem implicações para a vida dos discípulos não apenas individual e independentemente, mas também como membros de um corpo ou de uma comunidade de discípulos. Assim, temos de ensinar às pessoas o que significa o discipulado quanto à comunidade de discípulos. Mas é possível aprender todas as “características de identidade” da “verdadeira igreja” e nunca se tornar discípulos de Jesus.
Gostaria que você me entendesse bem nessa questão. Escrevi folhetos sobre o significado do batismo e sobre a importância da igreja. Mas Jesus não enviou seus apóstolos para ensinarem às pessoas sobre o batismo ou sobre a identidade da igreja. Ele lhes ordenou a fazer das pessoas discípulos dele. Se fazemos discípulos para Jesus, eles terão tudo. Mas é possivel aprender isso e aquilo sem nos tornarmos discípulos. Podemos ensinar às pessoas exatamente a verdade sobre o batismo, sobre a igreja e sobre dezenas de outras coisas sem fazer delas discípulos de Jesus. E, se não fizermos discípulos delas, deixamos completamente de cumprir a comissão do Senhor que nos envia.
Atos 11:26 afirma: “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”. Quantos milhares alegam ser cristãos hoje sem terem a mínima noção do que é ser discípulo de Jesus? É bom pensarmos que eram os “discípulos” que “se chamavam cristãos”. Não há cristãos de verdade que não sejam discípulos de Jesus.
Gamaliel era “mestre da lei, acatado por todo o povo” (Atos 5:34), mas não era discípulo de Jesus nem cristão. O jovem rico que foi a Jesus parecia um homem de princípios morais e elevados (Mateus 19:16-22). Não atendeu, porém, o desafio de se tornar discípulo de Jesus, e não é possivel chama-lo de cristão.

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